segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Natal 2010

O poeta Pablo Neruda dizia que o poder das metáforas são os melhores argumentos que podemos usar...

No caso do e um expatriado (nome "pomposo" que se dá ás pessoas que estão a trabalhar fora do seu país, sim porque agora deixamos de ser simplesmente emigrantes) as metáforas podem ajudar é certo, quanto mais não seja, a passar a mensagem de cada vez que ligamos para Portugal.

Quanto ás dificudades que passamos longe de casa, o que ajuda a superar e a minimizar essas tais dificuldades são três factores, que conjugados na perfeição ultrapassam com mais facilidade todas as contrariedades.

1) Força Mental.
2) Apoio incondicional daqueles que lhe são mais queridos.
3) Aprender a relativizar.

Penso que no meu caso o primeiro e segundo itens são os que mais facilmente ultrapasso, até porque sempre foi umas das armas que usei melhor foi a minha força interior, e quanto ao apoio que tenho recebido daqueles que me são mais queridos, apenas posso descrever como fantástico (Todos meus Familiares e Amigos dão-me um apoio fenomenal, mas vós (Ricardo e Sofia) neste aspecto vocês são incansáveis ajudam-me muito mais do que possam imaginar) e ajudam-me a ultrapassar mais facilmente todas as adversidades que tenho encontrado.

Mas o que realmente aprendi nesta vinda para Angola foi o poder de relativizar as coisas. Dizemos muitas vezes que o Natal é quando homem quiser, mas dizemo-lo muitas vezes da boca para fora sem nunca pensar verdadeiramente no significado dessa frase. O mesmo se aplica a datas e eventos que por vezes pensamos ser demasiadamente importantes e que não podemos de maneira nenhuma faltar, mas afinal que significado trazem essas datas, que por vezes só nesses momento (1 vez por ano) é que nos lembramos delas, e porque não fazemos antes uma recordação dessas datas todos os dias? As coisas vistas do outro lado do equador tem outro significado, ainda para mais se juntarmos a isso o facto de estarmos a 7000km de casa.

Todos dias podem ser dias de Natal, todos dias podem ser dias de festa, o importante é saber aproveitar cada dia que passa para podermos acrescentar vida aos nossos dias.

O importante não é destino mas sim a viagem...


Cá todos os dias eu lembro-me vocês


Para meus avós.

2 comentários:

Anónimo disse...

Pedro, vou falar como tua mulher e amiga e dizer que ao longo destes 13 anos que nos conhecemos, estou muito orgulhosa pelo Homem que és. O teu espirito aventureiro levou-te a uma terra longíqua, onde chegaste, lutaste, usaste a tua força e superaste momentos menos fáceis. É essa força que te move e que te faz aguentar e superar a falta em momentos especiais. Mas, uma coisa aprendi contigo, podemos tornar qualquer momento especial sem ser nas datas especificas...podemos dar mais valor aos nossos dias, aos nossos momentos e aproveitá-los bem e não esperar que seja Natal ou um aniversário. O importante é sermos felizes.
Mais uma vez te digo, estive, estou e estarei aqui sempre que for preciso!
Beijinhos
Sofia

Anónimo disse...

Irmão... Não tenho tanto a certeza que as minhas palavras te ajudem mais que as tuas. Estamos ligados pelo mesmo sangue, se bem que isso em algumas famílias pouco signifique. Aquilo que distingue a nossa relação define-se numa palavra: AMOR!
Admiro a tua coragem e força mental, mas não deixo de aprender com a viagem desta vida. Fui emigrante na Suiça, e em Inglaterra numa viagem que só eu seria capaz de suportar, recebi de ti as palavras que necessitava de ouvir naquele exacto momento de partida. Ser feliz é uma condição. Vale a pena às vezes parar e perguntar o que queremos desta vida? Ter razão quando discutimos ou ser felizes? acrescentar dias à nossa vida ou passar por ela sem dar por isso? De facto o que conta é a viagem e forma como olhamos tudo em volta e o que fazemos, aprendendo em cada paragem. Relativizar é fundamental num mundo de extremos. Lutar pelos nossos objectivos é a maior prova de coragem e sabedoria.
O teu mano