O poeta Pablo Neruda dizia que o poder das metáforas são os melhores argumentos que podemos usar...
No caso do e um expatriado (nome "pomposo" que se dá ás pessoas que estão a trabalhar fora do seu país, sim porque agora deixamos de ser simplesmente emigrantes) as metáforas podem ajudar é certo, quanto mais não seja, a passar a mensagem de cada vez que ligamos para Portugal.
Quanto ás dificudades que passamos longe de casa, o que ajuda a superar e a minimizar essas tais dificuldades são três factores, que conjugados na perfeição ultrapassam com mais facilidade todas as contrariedades.
1) Força Mental.
2) Apoio incondicional daqueles que lhe são mais queridos.
3) Aprender a relativizar.
Penso que no meu caso o primeiro e segundo itens são os que mais facilmente ultrapasso, até porque sempre foi umas das armas que usei melhor foi a minha força interior, e quanto ao apoio que tenho recebido daqueles que me são mais queridos, apenas posso descrever como fantástico (Todos meus Familiares e Amigos dão-me um apoio fenomenal, mas vós (Ricardo e Sofia) neste aspecto vocês são incansáveis ajudam-me muito mais do que possam imaginar) e ajudam-me a ultrapassar mais facilmente todas as adversidades que tenho encontrado.
Mas o que realmente aprendi nesta vinda para Angola foi o poder de relativizar as coisas. Dizemos muitas vezes que o Natal é quando homem quiser, mas dizemo-lo muitas vezes da boca para fora sem nunca pensar verdadeiramente no significado dessa frase. O mesmo se aplica a datas e eventos que por vezes pensamos ser demasiadamente importantes e que não podemos de maneira nenhuma faltar, mas afinal que significado trazem essas datas, que por vezes só nesses momento (1 vez por ano) é que nos lembramos delas, e porque não fazemos antes uma recordação dessas datas todos os dias? As coisas vistas do outro lado do equador tem outro significado, ainda para mais se juntarmos a isso o facto de estarmos a 7000km de casa.
Todos dias podem ser dias de Natal, todos dias podem ser dias de festa, o importante é saber aproveitar cada dia que passa para podermos acrescentar vida aos nossos dias.
O importante não é destino mas sim a viagem...
Cá todos os dias eu lembro-me vocês
Para meus avós.
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Viagem Soyo ---> Luanda
Sempre que se falava da viagem do Soyo para Luanda de carro havia logo quem tivesse mil uma opiniões acerca dessa viagem, mesmo que a viagem mais longa que tenham feito em Angola seja desde do Soyo até á praia de Kifuma. É uma viagem dolorosa quase 500km de distância e quase todos eles feito em picada onde por vezes ficamos com sensação que é impossível alguém conseguir passar naquele caminho completamente destruído, mas o que é certo é que passa lá muita gente e diariamente.
Tive que ir de carro para Luanda porque (aqui vou usar um eufemismo) me faltavam uns “papelitos” que tornavam a minha ida para Luanda de avião impossível de se realizar, por isso, a solução arranjada foi vir um carro da empresa buscar-me ao Soyo e no mesmo dia regressar comigo a Luanda. A ideia à primeira vista nem parece nada má, uma viagem por Angola de carro conhecer novas aldeias e cidades ver coisas que não teremos mais oportunidade de as ver parece uma ideia até interessante, mas quando pensei melhor no que ia fazer reparei que ia fazer uma viagem sim, mas com alguns pormenores interessantes tais como: fazer uma viagem com 3 desconhecidos no meio de África; num terreno em super mau estado; de noite; onde não há rede de telemóvel em 99% do caminho e ainda por cima sem os tais “papelitos” digamos que o cenário começa a ficar complicado quando pensei melhor.
Mas lá partimos à aventura nesse dia 11 de Agosto, Eu e mais 3 companheiros de viagem (Artur, Júlio e Alegria) a viagem começa bem não há grandes problemas quando dois Angolanos ocupam os lugares da frente do Jipe, pois assim tens a garantia (ainda que relativa) que não haverá problemas nos postos de controlo (sim porque em Angola para viajares dentro próprio país tens de passar por postos de controlo que são instalados ao longo das estradas Angolanas) caso nesses postos de controlo não tenhas os tais “papelitos” terás naturalmente que usar outro tipo de “papelitos” para resolver o problema. Estava preparado ($$$)e sabia que iria encontrar ao longo do caminho pelo menos 3 postos de controlo, pois era esse numero que maior parte das pessoas diziam terem encontrado quando fizeram essa viagem, mas na verdade não encontrei 3 postos de controlo mas sim 3X3 ou seja no total passei por 9 postos de controlo sem quais queres problemas.
É naturalmente uma viagem que não mais se esquece quer pela aventura quer também pela paisagem que se vai encontrando, ficam aqui apenas alguns registos fotográficos dessa viagem que quero partilhar convosco.
Tive que ir de carro para Luanda porque (aqui vou usar um eufemismo) me faltavam uns “papelitos” que tornavam a minha ida para Luanda de avião impossível de se realizar, por isso, a solução arranjada foi vir um carro da empresa buscar-me ao Soyo e no mesmo dia regressar comigo a Luanda. A ideia à primeira vista nem parece nada má, uma viagem por Angola de carro conhecer novas aldeias e cidades ver coisas que não teremos mais oportunidade de as ver parece uma ideia até interessante, mas quando pensei melhor no que ia fazer reparei que ia fazer uma viagem sim, mas com alguns pormenores interessantes tais como: fazer uma viagem com 3 desconhecidos no meio de África; num terreno em super mau estado; de noite; onde não há rede de telemóvel em 99% do caminho e ainda por cima sem os tais “papelitos” digamos que o cenário começa a ficar complicado quando pensei melhor.
Mas lá partimos à aventura nesse dia 11 de Agosto, Eu e mais 3 companheiros de viagem (Artur, Júlio e Alegria) a viagem começa bem não há grandes problemas quando dois Angolanos ocupam os lugares da frente do Jipe, pois assim tens a garantia (ainda que relativa) que não haverá problemas nos postos de controlo (sim porque em Angola para viajares dentro próprio país tens de passar por postos de controlo que são instalados ao longo das estradas Angolanas) caso nesses postos de controlo não tenhas os tais “papelitos” terás naturalmente que usar outro tipo de “papelitos” para resolver o problema. Estava preparado ($$$)e sabia que iria encontrar ao longo do caminho pelo menos 3 postos de controlo, pois era esse numero que maior parte das pessoas diziam terem encontrado quando fizeram essa viagem, mas na verdade não encontrei 3 postos de controlo mas sim 3X3 ou seja no total passei por 9 postos de controlo sem quais queres problemas.
É naturalmente uma viagem que não mais se esquece quer pela aventura quer também pela paisagem que se vai encontrando, ficam aqui apenas alguns registos fotográficos dessa viagem que quero partilhar convosco.
sábado, 16 de outubro de 2010
De Volta
Ora estou de volta depois de mais de 2 meses de ausência (não forçada) apenas não me deu vontade :-) fiquei na preguiça, deve ser dos ares de Angola que já me estão a afectar.
Desde da ultima vez que escrevi aqui muito se passou, vou tentar, ainda que com algum atraso retratar algum desses episódios que penso serem interessantes. Desde da ida de carro entre o Soyo e Luanda até ao meu regresso novamente ao Soyo, que nesta segunda rotação está ser bastante mas mesmo bastante "doloroso". Sempre pensei que a segunda rotação seria mais fácil de passar, mas puro erro, está custar-me imenso e segundo explicação de João Faustino (A.K.A. Boss Camp da Lyon ou simplesmente = O Caseiro) a 1ª Rotação passa bem pois tudo é novidade, já a 2ª rotação custa imenso pois já sabes bem o que te espera, quando chegas à 3ª rotação já nem sentes estás resignado teu destino :-).
Prometo para breve (ainda na próxima semana) relato dessa viagem para Luanda.
Desde da ultima vez que escrevi aqui muito se passou, vou tentar, ainda que com algum atraso retratar algum desses episódios que penso serem interessantes. Desde da ida de carro entre o Soyo e Luanda até ao meu regresso novamente ao Soyo, que nesta segunda rotação está ser bastante mas mesmo bastante "doloroso". Sempre pensei que a segunda rotação seria mais fácil de passar, mas puro erro, está custar-me imenso e segundo explicação de João Faustino (A.K.A. Boss Camp da Lyon ou simplesmente = O Caseiro) a 1ª Rotação passa bem pois tudo é novidade, já a 2ª rotação custa imenso pois já sabes bem o que te espera, quando chegas à 3ª rotação já nem sentes estás resignado teu destino :-).
Prometo para breve (ainda na próxima semana) relato dessa viagem para Luanda.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Music from ANGOLA
Esta musica diz algo a quase todos que por esta terra passam.
Matias Damásio - Angola minha terra
Matias Damásio - Angola minha terra
Etiquetas:
angola,
Matias Damásio
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Momentos
terça-feira, 15 de junho de 2010
Soyo (um pouco de história)
Antigamente conhecida como Santo António do Zaire, a cidade do Soyo tem muito mais para oferecer que simplesmente petróleo ou gás natural, mas neste cantinho no extremo norte de Angola para já aposta-se mais nos petróleo e no gás natural, contudo, penso que Soyo poderá ser um destino turístico interessante no futuro.
Soyo é uma cidade com uma importância geográfica enorme, foi cá que em 1491 Diogo Cão chegou a Angola mais concretamente à cidade do Soyo, está ainda hoje preservado o Padrão que ele colocou em terras Angolanas para assinalar esse momento (prometo para breve fotos e um post sobre isso), como está no ponto mais norte de Angola e na foz do rio torna-se de vital importância a sua localização geográfica.
O porto de Soyo (Mpinda), localizado próximo à foz do rio Congo, tornou-se um importante porto no comércio do século XVI. A comunidade a radicada utilizava esse porto para o comércio de escravos, marfim e cobre. Um inquérito real do Kongo de 1548 revelou que mais de 4.000 escravos saíram do porto Mpinda para as colónias ilhas de São Tomé, e depois para o Brasil a cada ano.
Agora em Mpinda esta a Missão Católica, um espaço “em tudo diferente do Soyo que conheci ate agora”, tem como não podia deixar de ser um igreja católica bem como uma Maternidade, Infantário e Escolas, deu para perceber que muita da comunidade que lá vive está “depende” da existência dessa missão católica, e é claramente um sitio a não perder para quem vista o Soyo.
Luisinho & Pedro na Missão Mpinda
Quando visitei a missão católica de Mpinda aproveitamos o dia para conhecer também alguns artesões locais como mestre Fiel, exímio escultor em madeira que nos recebeu em sua casa/ateliê com enorme simpatia, aproveitamos todos (ou quase) para poder comprar algum do artesanato tipicamente Angolano, fica contudo marcada nova visita mestre Fiel bem como aos pintores que moram em Mpinda, para podermos levar mais umas quantas recordações angolanas.
Mestre Fiel e suas esculturas
Na ida para missão podem ver alguns dos caminhos que se vão encontrando à medida que nos vamos afastando mais da cidade do Soyo, e percebe-se o porque de esta terra deixar por vezes tantas saudades a quem cá passa.
Estrada para Missão Mpinda
Soyo é uma cidade com uma importância geográfica enorme, foi cá que em 1491 Diogo Cão chegou a Angola mais concretamente à cidade do Soyo, está ainda hoje preservado o Padrão que ele colocou em terras Angolanas para assinalar esse momento (prometo para breve fotos e um post sobre isso), como está no ponto mais norte de Angola e na foz do rio torna-se de vital importância a sua localização geográfica.
O porto de Soyo (Mpinda), localizado próximo à foz do rio Congo, tornou-se um importante porto no comércio do século XVI. A comunidade a radicada utilizava esse porto para o comércio de escravos, marfim e cobre. Um inquérito real do Kongo de 1548 revelou que mais de 4.000 escravos saíram do porto Mpinda para as colónias ilhas de São Tomé, e depois para o Brasil a cada ano.
Agora em Mpinda esta a Missão Católica, um espaço “em tudo diferente do Soyo que conheci ate agora”, tem como não podia deixar de ser um igreja católica bem como uma Maternidade, Infantário e Escolas, deu para perceber que muita da comunidade que lá vive está “depende” da existência dessa missão católica, e é claramente um sitio a não perder para quem vista o Soyo.
Luisinho & Pedro na Missão Mpinda
Quando visitei a missão católica de Mpinda aproveitamos o dia para conhecer também alguns artesões locais como mestre Fiel, exímio escultor em madeira que nos recebeu em sua casa/ateliê com enorme simpatia, aproveitamos todos (ou quase) para poder comprar algum do artesanato tipicamente Angolano, fica contudo marcada nova visita mestre Fiel bem como aos pintores que moram em Mpinda, para podermos levar mais umas quantas recordações angolanas.
Mestre Fiel e suas esculturas
Na ida para missão podem ver alguns dos caminhos que se vão encontrando à medida que nos vamos afastando mais da cidade do Soyo, e percebe-se o porque de esta terra deixar por vezes tantas saudades a quem cá passa.
Estrada para Missão Mpinda
terça-feira, 4 de maio de 2010
FOTOS LNG SOYO
Ler até é interessantes mas nada melhor que ser tipo S. Tomé, ver para crer, porque as vezes uma imagem vale mais que mil palvras.
sábado, 1 de maio de 2010
1º Mês no SOYO
Pois é parece que passou a voar estes 30 dias do mês de Abril, mas é mesmo verdade faz hoje dia 1 Maio precisamente um mês que o Pedrinho pisou pela primeira vez terras Angolanos.
Um mês de luta de entrega de coisas boas e outras menos boas mas que no final podemos dizer que a balança ainda pende bastante para o lado positivo.
Á alturas porem que nos fazem questionar se a diferença de kilometros a que estamos sujeitos vale o sacrifico de não estarmos presente em momentos que sabemos que devíamos e precisávamos de estar e é nessas alturas que vacilamos, porem fica a certeza que lá em terras Lusitanas estão pessoas em quem podemos sempre confiar e recorrer, mesmo nos momentos mais dolorosos e complicados como este.
Obrigado pelo vosso apoio sem vocês este dia tinha sido ainda mais complicado de suportar.
" Saiu da vida, mas não da nossa vida.
Como podemos acreditar que morreu, quem tão vivo está nos nossos corações"
(Stº Agostinho)
Um mês de luta de entrega de coisas boas e outras menos boas mas que no final podemos dizer que a balança ainda pende bastante para o lado positivo.
Á alturas porem que nos fazem questionar se a diferença de kilometros a que estamos sujeitos vale o sacrifico de não estarmos presente em momentos que sabemos que devíamos e precisávamos de estar e é nessas alturas que vacilamos, porem fica a certeza que lá em terras Lusitanas estão pessoas em quem podemos sempre confiar e recorrer, mesmo nos momentos mais dolorosos e complicados como este.
Obrigado pelo vosso apoio sem vocês este dia tinha sido ainda mais complicado de suportar.
" Saiu da vida, mas não da nossa vida.
Como podemos acreditar que morreu, quem tão vivo está nos nossos corações"
(Stº Agostinho)
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Trabalhinho no Soyo
Ora viva, vamos lá falar um pouco do trabalho que estou a realizar no projecto Angola-LNG.
Como se houve muito dizer por cá, esta é a obra de uma vida, em Americano com pronuncia do Texas (e diga-se que é bem complicado de entender)"once in lifetime", e é fácil chegar a essa conclusão mal se entra na obra, pois somos confrontados com uma realidade de trabalho a todos os níveis impressionantes.
O dono de obra é a Angola LNG, que é formada pela Sonangol e Chevron, que são das principais companhias petrolíferas a operar em Angola. O Empreiteiro responsável pela execução da obra é a Americana Bechtel, um dos grande "tubarões" mundiais na construção civil.
Estou a trabalhar com o ISQapave, uma empresa formada entre a Portuguesa ISQ (instituto de Soldadura e Qualidade) e a Francesa apave (empresa semelhante ao ISQ) que se juntaram para formar uma empresa em Angola, que faz os testes não destrutivos (NDT) (liquidos penetrantes, caixa vácuo, Radiografia em raios Gama) às soldaduras realizadas nos tanques de armazenamento de LNG (gás natural), LPG (gás propano), LBG (gás butano), Condensados (resíduos resultantes do gás vindo das off shores), Firewater Tank (tanque de combate a incêndios).
A verde é a area de implementação do projecto LNG
A minha função cá é assegurar que os trabalhos do ISQapave são feitos em condições de segurança segundo o referencial de trabalho da Bechtel, acreditem meus amigos cá não se brinca em serviço.
Neste momento a obra tem um total 6500 trabalhadores de 43 nacionalidades diferentes, sendo que no pico da obra vão estar ao serviço um total de 10.000 trabalhadores, como se diz por cá, uma obra que em Portugal nunca se conseguiria realizar.
Pelo prisma da segurança no trabalho esta obra é das coisas mais gratificantes em que podes trabalhar, pois cá o lema da obra é: “Safety First” (segurança em primeiro) e podem crer que não é só no papel que isso está escrito, é realmente cumprido esse lema. Todos os comportamentos que coloquem em risco a sua segurança ou a dos outros é punido imediatamente com expulsão da obra, escusado será dizer que Tugas forma já despedidos desta obra uma largas dezenas de pessoas, pois como sabemos nos temos aversão ao cumprimentos de regras, e os Americanos tem a “mania” de as fazer cumprir mesmo à risca depois dá nisso, Expulsão da obra.
Irei num post mais à frente mostrar em pormenor os tanques onde o meu trabalho está ser desenvolvido, bem como o famoso Air Raising do tecto dos tanques, mas como vai entrar mais pessoal ao serviço do ISQapave espero para num futuro muito breve a colocação de fotos desses mesmo tanques, para já fica aqui apenas alguns números destes tanques:
- 2 Tanques de LNG 159.000m3
- 1 Tanque de Propano 88.000m3
- 1 Tanque de Butano 59.000m3
- 1 Tanque de Condensados 108.000m3
- 1 Tanque de Àgua de Incêndio 13.800m3
Acreditem se não percebem muito destes números, posso dar uma ajuda é coisa grande mesmo, o tanque dos condensados para terem uma ideia em volume de área maior que um campo de Futebol de 11.
Fiquem com uma ideia do inicio da obra, agora garanto-vos que esta bem diferente, pois já se vê quase 4 tanques completos na obra.
Como se houve muito dizer por cá, esta é a obra de uma vida, em Americano com pronuncia do Texas (e diga-se que é bem complicado de entender)"once in lifetime", e é fácil chegar a essa conclusão mal se entra na obra, pois somos confrontados com uma realidade de trabalho a todos os níveis impressionantes.
O dono de obra é a Angola LNG, que é formada pela Sonangol e Chevron, que são das principais companhias petrolíferas a operar em Angola. O Empreiteiro responsável pela execução da obra é a Americana Bechtel, um dos grande "tubarões" mundiais na construção civil.
Estou a trabalhar com o ISQapave, uma empresa formada entre a Portuguesa ISQ (instituto de Soldadura e Qualidade) e a Francesa apave (empresa semelhante ao ISQ) que se juntaram para formar uma empresa em Angola, que faz os testes não destrutivos (NDT) (liquidos penetrantes, caixa vácuo, Radiografia em raios Gama) às soldaduras realizadas nos tanques de armazenamento de LNG (gás natural), LPG (gás propano), LBG (gás butano), Condensados (resíduos resultantes do gás vindo das off shores), Firewater Tank (tanque de combate a incêndios).
A verde é a area de implementação do projecto LNG
A minha função cá é assegurar que os trabalhos do ISQapave são feitos em condições de segurança segundo o referencial de trabalho da Bechtel, acreditem meus amigos cá não se brinca em serviço.
Neste momento a obra tem um total 6500 trabalhadores de 43 nacionalidades diferentes, sendo que no pico da obra vão estar ao serviço um total de 10.000 trabalhadores, como se diz por cá, uma obra que em Portugal nunca se conseguiria realizar.
Pelo prisma da segurança no trabalho esta obra é das coisas mais gratificantes em que podes trabalhar, pois cá o lema da obra é: “Safety First” (segurança em primeiro) e podem crer que não é só no papel que isso está escrito, é realmente cumprido esse lema. Todos os comportamentos que coloquem em risco a sua segurança ou a dos outros é punido imediatamente com expulsão da obra, escusado será dizer que Tugas forma já despedidos desta obra uma largas dezenas de pessoas, pois como sabemos nos temos aversão ao cumprimentos de regras, e os Americanos tem a “mania” de as fazer cumprir mesmo à risca depois dá nisso, Expulsão da obra.
Irei num post mais à frente mostrar em pormenor os tanques onde o meu trabalho está ser desenvolvido, bem como o famoso Air Raising do tecto dos tanques, mas como vai entrar mais pessoal ao serviço do ISQapave espero para num futuro muito breve a colocação de fotos desses mesmo tanques, para já fica aqui apenas alguns números destes tanques:
- 2 Tanques de LNG 159.000m3
- 1 Tanque de Propano 88.000m3
- 1 Tanque de Butano 59.000m3
- 1 Tanque de Condensados 108.000m3
- 1 Tanque de Àgua de Incêndio 13.800m3
Acreditem se não percebem muito destes números, posso dar uma ajuda é coisa grande mesmo, o tanque dos condensados para terem uma ideia em volume de área maior que um campo de Futebol de 11.
Fiquem com uma ideia do inicio da obra, agora garanto-vos que esta bem diferente, pois já se vê quase 4 tanques completos na obra.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Páscoa no SOYO
Comida tradicional da páscoa no SOYO...
O famoso Domingo da Páscoa no SOYO, so não passou lá o compasso...
O famoso Domingo da Páscoa no SOYO, so não passou lá o compasso...
sábado, 3 de abril de 2010
Relatório e Contas
Pois é, cá estou eu a mais de 5000km de casinha em terras Angolanas a viver esta nova experiência, devo dizer que não é uma decisão que se tome de ânimo leve pois são sempre algo complicadas, mas pesando as coisas espero que no final o saldo possa ser francamente positivo (não falo só do saldo bancário).
Viagem para angola é sempre a parte mais complicada, pois olhar para trás no aeroporto e saber que só voltamos daí a 3 ou 4 meses é complicado, depois a chegada a Luanda foi um misto de sensações, se por um lado não senti nenhuma "pressão" na chegada e na Alfandega, devo confessar que apesar de ter já esta no continente Africano, fiquei com uma visão ainda mais "REAL" da vida em Luanda, era dia de feriado prolongado e havia muito menos pessoas na capital. Mas em resumo posso dizer que era o que estava à espera.
O primeiro dia foi passado em Luanda, com direito a fazer praia na não menos famosa ilha do mussulo, uma ida ao shopping Belas, (unico em Angola) e depois um jantar bem Portuga (arroz de pato) em casa de uns colegas da Monte Adriano.
O segundo dia foi de viagem para o SOYO, depois de um atraso dse 2h no voo interno de Luanda para o SOYO, eis que um dos momentos altos da viagem chegava -A viagem de avião para o SOYO-. É uma experiência unica em um avião super pequeno bi-motor com hélices em cada um desses motores e apenas 40 lugares, mas diga-se em abono da verdade correu sem nenhum sobressalto. Depois de ver Luanda o SOYO é muito tranquilo, sendo uma vila que ainda não conheço pois fiz apenas percurso do Aeródromo para a base da LNG.
Importante referi no relatório :-) que base oferece condições muito boas (mas isso é assunto para outro post) .
Bem vou nanar pois amanhã é dia de Páscoa e nós cá vamos ver o compasso mas na PRAIA, pois Domingo é sinónimo de praia no Soyo penso que com uma Lagosta à mistura mas isso conto-vos amanhã.
Viagem para angola é sempre a parte mais complicada, pois olhar para trás no aeroporto e saber que só voltamos daí a 3 ou 4 meses é complicado, depois a chegada a Luanda foi um misto de sensações, se por um lado não senti nenhuma "pressão" na chegada e na Alfandega, devo confessar que apesar de ter já esta no continente Africano, fiquei com uma visão ainda mais "REAL" da vida em Luanda, era dia de feriado prolongado e havia muito menos pessoas na capital. Mas em resumo posso dizer que era o que estava à espera.
O primeiro dia foi passado em Luanda, com direito a fazer praia na não menos famosa ilha do mussulo, uma ida ao shopping Belas, (unico em Angola) e depois um jantar bem Portuga (arroz de pato) em casa de uns colegas da Monte Adriano.
O segundo dia foi de viagem para o SOYO, depois de um atraso dse 2h no voo interno de Luanda para o SOYO, eis que um dos momentos altos da viagem chegava -A viagem de avião para o SOYO-. É uma experiência unica em um avião super pequeno bi-motor com hélices em cada um desses motores e apenas 40 lugares, mas diga-se em abono da verdade correu sem nenhum sobressalto. Depois de ver Luanda o SOYO é muito tranquilo, sendo uma vila que ainda não conheço pois fiz apenas percurso do Aeródromo para a base da LNG.
Importante referi no relatório :-) que base oferece condições muito boas (mas isso é assunto para outro post) .
Bem vou nanar pois amanhã é dia de Páscoa e nós cá vamos ver o compasso mas na PRAIA, pois Domingo é sinónimo de praia no Soyo penso que com uma Lagosta à mistura mas isso conto-vos amanhã.
terça-feira, 9 de março de 2010
Novo desafio profissional
Este ano de 2010 chega com um misto de sentimentos, se por um lado me sinto um pouco frustrado pelo facto de ter de deixar a empresa a que estava ligado nos últimos 4 anos, e ainda por cima da maneira que fomos "obrigados"a abandonar, é uma mágoa que ainda carrego.
Quando pensava que iria fazer parte durante algum tempo das assustadores estatística do desemprego em Portugal e na região Norte em particular, eis que me aparece um desafio profissional interessante e que me deixa bastante satisfeito, abraçar um projecto durante 18 meses em Angola trabalhando na área de Higiene Segurança no Trabalho para um consórcio Americano/Angolano.
Penso que está na altura certa de arriscar uma "aventura" profissional no estrangeiro, pois só sabemos se estamos à altura do desafio se estivermos dentro dele. Penso que esta experiência me irá fazer passar a "alimentar"o meu Blog mais regularmente.
Deixo-vos por isso um até já....
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